TIRADS E A LESÃO FOLICULAR DE SIGNIFICADO INDETERMINADO(LFSI) DA TIRÓIDE
ANA GERMANO, WILLIAN SCHMITT, ELSA ROSADO, CÁTIA RIBEIRO, SOFIA LOUREIRO DOS SANTOS

Objectivos: Avaliar o papel da classificação Thyroid Imaging Reporting and Data System (TIRADS) da ecografia da tiróide, nos nódulos da categoria Lesão Folicular de Significado Indeterminado (LFSI) do Sistema de Bethesda. Materiais e métodos: Estudo retrospectivo, entre Janeiro de 2011 e Agosto de 2013, a um total de 40 nódulos tiroideus submetidos a citologia aspirativa com agulha fina (CAAF) no HFF e diagnosticados como LFSI. Em 38 destes nódulos a CAAF foi efectuada com controle ecográfico. Os nódulos foram estratificados nas diferentes categorias TIRADS pela avaliação ecográfica. Com base no relatório da citologia, os nódulos foram divididos em 2 grupos: aqueles em que era descrita pelo menos uma alteração nuclear; e todos os restantes. Utilizou-se o teste χ2 para avaliar a possível associação entre as variáveis TIRADS e citologia.

Resultados: Dos 38 nódulos, 15 (37,5%) foram classificados como TIRADS 3, 17 (42,5%) como TIRADS 4A e 6 (15%) como TIRADS 4B. Em 24 nódulos (60%) foram descritas alterações nucleares e em 16 (40%) não foram. Em todos os nódulos TIRADS 4B foram descritas alterações nucleares. Dos 15 nódulos TIRADS 3, 10 não tinham alterações nucleares e 5 tinham. Os nódulos TIRADS 4A e 4B tinham maior possibilidade de ter alterações nucleares na citologia (p<0.005).

Conclusões: Os nódulos da categoria LFSI são um grupo heterogéneo, continuam a representar um dilema diagnóstico clínico e radiológico, sendo actualmente preconizado repetir a citologia a 6 meses. A classificação TIRADS pode ajudar o clínico a decidir entre controle ecográfico evolutivo, repetição da citologia ou cirurgia a estes nódulos.

 

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