CONTROVÉRSIAS NO RASTREIO DO CANCRO DO PULMÃO POR TC DE BAIXA DOSE
PEDRO BARÃO, ANA MASCARENHAS GAIVÃO, MANUELA BAPTISTA

RESUMO
O cancro do pulmão é a principal causa de morte por neoplasia a nível mundial, devido à sua elevada prevalência e ao mau prognóstico quando diagnosticado em estádios avançados. Contudo, e quando detectado em fases mais precoces, o prognóstico e a possibilidade de uma remissão duradoura aumentam drasticamente.
Com o emergir e o melhoramento de novas técnicas como a Tomografia Computorizada (TC), o rastreio do cancro do pulmão e a detecção desta patologia ainda em fase precoce, tornaram-se uma realidade. Estudos recentes, nos quais foram rastreados indivíduos com recurso à TC de baixa dose, mostraram-se muito promissores, tendo-se demonstrado uma elevada sensibilidade na detecção de pequenos nódulos pulmonares, os quais, segundo se crê, representam a esmagadora maioria dos tumores em fase inicial.
No entanto, segundo alguns autores, esta maior sensibilidade poderá conduzir a um aumento da morbilidade associada a falsos positivos, como nódulos de natureza benigna ou tumores de natureza indolente, nos quais a cirurgia pode não se traduzir num aumento real da sobrevida.
Este artigo pretende rever os avanços efectuados na área do rastreio do cancro do pulmão, com principal ênfase na TC de baixa dose.

PALAVRAS-CHAVE
Cancro do Pulmão; TC de Baixa Dose; Rastreio.

 

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