INFILTRAÇÃO ESTEATÓSICA HEPÁTICA: PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO E DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
Pedro Lopes, Inês Martins, Alexandre Carneiro, Isabel Sapeira, Ana S. Preto

Esteatose hepática é um achado comum em estudos abdominais e é geralmente um diagnóstico simples, no entanto, pode levantar alguns problemas quando não se apresenta nos padrões habituais. O fígado esteatósico apresenta-se ecograficamente com aumento da ecogenicidade do parênquima atenuando a penetração do feixe ultrassónico. Na tomografia computorizada sem contraste, o fígado esteatósico apresenta valores de densidade inferiores a 40 UH. Técnicas de supressão da gordura e gradiente eco com desvio químico (chemical-shift) em fase e oposição de fase são utilizadas na Ressonância Magnética para diagnóstico de gordura macroscópica e microscópica intracelular respectivamente. Padrões de distribuição menos comuns, nomeadamente lobar, segmentar, focal ou nodular não devem ser confundidos com outras patologias. A gordura pode também fazer parte de outras lesões focais nomeadamente Adenoma Hepático, Carcinoma Hepatocelular, Hiperplasia Nodular Focal, Angiomiolipoma, Lipoma e Metástases, entre outras. O conhecimento dos fatores de risco, patofisiologia e epidemiologia da esteatose hepática é importante para ajudar a reconhecer as situações menos comuns. Estar familiarizado com os itens abordados irá permitir diminuir erros diagnósticos e evitar estratégias diagnósticas invasivas não necessárias.

 

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