TUMORES MALIGNOS DO PESCOÇO EM IDADE PEDIÁTRICA: CASUÍSTICA DE 10 ANOS
JOANA MACIEL, MARIA JOSÉ NORUEGAS, MANUEL BRITO, PAULO COELHO, CONCEIÇÃO SANCHES

Objectivos: Identificação das crianças e adolescentes com Tumores Malignos do Pescoço diagnosticados no Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra, entre 1 de Janeiro de 2002 e 31 de Dezembro de 2011, tendo como objectivos principais determinar quais os tipos de tumores mais frequentes neste grupo populacional e quais as suas características imagiológicas.

Material e Métodos: Os autores efectuaram um estudo retrospectivo dos casos de Tumores Malignos do Pescoço que foram diagnosticados em crianças e adolescentes durante o período de 10 anos referido. Foram excluídos tumores primários intracranianos, tumores intraorbitários com envolvimento do pescoço, linfomas com envolvimento de regiões anatómicas para além da cervical e lesões metastáticas.

Resultados: Neste período foram diagnosticados vinte e dois casos de Tumores Malignos do Pescoço, nomeadamente doze linfomas (envolvimento ganglionar, face, mandíbula, orofaringe, nasofaringe e amígdala), três rabdomiossarcomas (espaço cervical posterior, espaço mastigador e parótida), três sarcomas não rabdomiosarcomatosos (mandíbula, glândula submandibular, ossos do nariz), dois carcinomas da parótida e dois carcinomas da nasofaringe. A idade na altura do diagnóstico situou-se entre os 1 e 15 anos, com média de 7,8 anos. Verificou-se um predomínio no sexo masculino, com um ratio masculino feminino de 3,6:1.

Conclusões: Os tumores malignos do pescoço são raros nas crianças. O tipo de tumor mais frequente na nossa casuística foi o linfoma, o que está de acordo com a literatura.

 

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