MICROLITÍASE RENAL: CORRELAÇÃO ENTRE ECOGRAFIA E TC
PEDRO FILIPE SOUSA, ALEXANDRE CARNEIRO, LUÍS ALVES, JOSÉ REIS-CARNEIRO, ISABEL RAMOS

Na ausência de sinais ecográficos inequívocos de litíase renal, alguns médicos radiologistas descrevem microlitíase renal quando observam focos hiperecogénicos milimétricos nos seios renais. Neste estudo avaliámos retrospectivamente o Valor Preditivo Positivo (VPP) da microlitíase renal em ecografia utilizando como referência a TC. Foram seleccionados 49 doentes, um dos quais com rim único, totalizando 97 rins. Em 82 rins foi relatado microlitíase em ecografia. A TC demonstrou litíase renal em 19 rins (VPP 23,17%). O VPP calculado para os rins associados a informação clínica positiva, a estudo ecográfico positivo, a informação clínica ou estudo ecográfico positivos e a informação clínica e estudo ecográfico positivos foi de 30,43%, 33,33%, 31,25% e 32%, respectivamente. Os valores de VPP para os indivíduos com informação clínica positiva ou estudo ecográfico positivo foram ligeiramente superiores mas mesmo naqueles com informação clínica e estudo ecográfico positivos não ultrapassa os 32%, valor manifestamente reduzido para um exame auxilidar de diagnóstico. Assim, na ausência de sinais ecográficos inequívocos de litíase renal, o médico radiologista não deverá concluir pela presença de “microlitíase”.

 

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