DOENÇA HIDÁTICA HEPÁTICA - REVISITADA
R. M. RAMOS, C. VIDEIRA, J. TRAILA, R. DIOGO, M. KOROGLU, I. PEREIRA

Armed A doença hidática hepatica é uma zoonose causada por parasitas do género Echinococcus. Este agente possui um ciclo de vida que requer um hospedeiro definitivo e um intermediário. Os seres humanos funcionam como hospedeiros acidentais, porque normalmente não podem transmitir a doença. O estado larval deste parasita pode ser implantado em muitos órgãos do corpo humano, principalmente o fígado, levando á formação de lesões quísticas internas. A morbilidade é normalmente secundária á ruptura ou infecção do quisto hidático e á disfunção dos órgãos afectados. Algumas áreas em Portugal permanecem endémicas para esta doença. Os quistos hidáticos possuem várias apresentações imagiológicas, de acordo com o grau de crescimento, complicações associadas e qual o tecido afectado. Os achados radiológicos variam desde lesões puramente quísticas até completamente sólidas. A ecografia pode fornecer o diagnóstico demonstrando a presença de achados característicos como, membranas flutuantes, vesículas filhas (“daughter cysts”), e areia hidática adjacentes a lesões quisticas. Estes achados podem ser confirmados por TC (tomografia computadorizada). Os estudos imagiológicos são muito importantes no diagnóstico desta doença e para a sua distinção de outras lesões hepáticas como quistos amebianos ou abcessos. O radiologista deve estar familiarizado com as características tipícas e atípicas da doença hidática de forma a que um rápido diagnóstico e um tratamento adequado possam ser estabelecidos.

 

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