EMBOLIZAÇÃO ARTERIAL BRÔNQUICA - EXPERIÊNCIA DO DEPARTAMENTO DE IMAGIOLOGIA, CENTRO HOSPITALAR DE VILA
NOVA DE GAIA - JANEIRO 1998-DEZEMBRO 2002
ANTÓNIO MIGUEL MADUREIRA, JOAQUIM PAQUETE, PAULO MORGADO

RESUMO
Introdução:
Hemoptises maciças apresentam uma elevada taxa de mortalidade se apenas abordadas com terapêutica médica, tendo a terapêutica cirúrgica bons resultados se electiva. Na grande maioria dos casos são da responsabilidade da circulação arterial brônquica.
Material e Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo dos pacientes referenciados ao Departamento de Imagiologia do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia por hemoptises para realização de arteriografia brônquica(AB) e emboloterapia arterial brônquica (EAB) no período de Janeiro de 1998 a Dezembro de 2002.
Resultados: Identificamos 21 pessoas, sendo a tuberculose pulmonar (TP) a patologia base predominante. As alterações angiográficas mais frequentes foram ectasia e tortuosidade vascular. Embolizaram-se 25 artérias num total de 27, com preferência pela técnica de cateterização superselectiva com microcateter (em 20 casos). Os agentes embólicos mais utilizados foram partículas de polivinyl alcool (PVA) e coils. As complicações foram raras, auto-limitadas e sem necessidade de terapêutica activa. Verificou-se recidiva hemoptóica em 4 pacientes, controlada por nova embolização em 2 pacientes e cirurgia nos outros 2.
Conclusão: A EAB, e particularmente a técnica de cateterização superselectiva com microcateter, é um método seguro e eficaz no controlo imediato de hemoptises. As recidivas podem ser tratadas por nova sessão de EAB ou cirurgicamente.

ARTIGO COMPLETO (PDF)