ALVEOLITES ALÉRGICAS EXTRÍNSECAS: ASPECTOS IMAGIOLÓGICOS NA RADIOGRAFIA DO TÓRAX E TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA DE ALTA RESOLUÇÃO
NUNO NEVES, ANA FERREIRA, SARA PEREIRA, ARTUR COSTA, LUÍSA TEIXEIRA


RESUMO

Estudo retrospectivo de 31 doentes com o diagnóstico de alveolite alérgica extrínseca (AAE) estabelecido entre 1992 e 2002. Todos os dentes realizaram radiografia do tórax (RT) e 26 efectuaram também tomografia computorizada de alta resolução (TCAR).
Em 21 doentes havia história claramente estabelecida de exposição a antigénios orgânicos, sendo o contacto com aves o mais frequente (95%). A clínica era dominada por dispneia tendo a maioria dos doentes sintomatologia de longa evolução. Na RT observou-se: padrão de densificação difusa, sem apagamento das estruturas vasculares em 35%, padrão micronodular em 23% e fibrose em 16%. A RT foi considerada normal em 16%. Na TCAR, os aspectos observados foram: “vidro despolido” em 62%, micronódulos ou nódulos acinares em 42% e fibrose em 42%. Num doente a TCAR e a RT eram normais. As alterações mais frequentes envolviam toda a altura de ambos os campos pulmonares, com sobreposição de diferentes aspectos.
O diagnóstico das AAE é difícil e baseia-se na correlação clínica, laboratorial e imagiológica, onde a TCAR é fundamental na demonstração dos aspectos mais representativos (“vidro despolido” e micronódulos acinares).

 

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